segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Relação parte com o todo.

Suelen Scorsi e Emanuelle Dias
Resumo:
Uma discussão sobre o que é estranho ao olhar, o que nos chama a atenção e qual o motivo. Buscar entender qual sensação é causada por determinados signos e símbolos.
Palavras-chave: estranheza, contraste, gestalt
Introdução:
A escolha de diferentes cores e elementos podem alterar completamente o conceito do ambiente. Pode ser um detalhe, uma forma, uma cor, um objeto... estes detalhes se comunicam de alguma forma com o entorno, e surgem diferentes tipos de sensações e de ambientes. 
Referencial teórico - conceitual:
O movimento da Gestalt nos trás vários conceitos, que diz respeito à forma como o ser humano organiza e estrutura os diferentes elementos com que se depara. A partir desses estudos, podemos dizer o que nos salta aos olhos em relação à paisagem, e explicar o por quê.
Materiais e métodos:
Abaixo estão algumas intervenções em um projeto de loja Melissa, realizada pela aluna Emanuelle Dias, e alguns ambientes projetados pela aluna Suelen Scorsi. Com os conhecimentos da gestalt, pode-se analisar quais elementos são destacáveis e qual a relação desses elementos com o observador, qual sensação provoca e o porquê.
Discussão e análise dos resultados:
Uma forma quadrada pode dar um certo peso para o lugar, assim como um elemento com muitas informações como o painel da vitrine pode trazer um peso visual. Quando retirado, causa um alívio, como podemos observar na última imagem.
 O ambiente quando mais escuro remete até mesmo a uma loja masculina, fugindo completamente da verdadeira proposta do projeto (loja feminina para público jovem).








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Os ambientes planejados pela aluna Suelen Scorsi, mostram o contraste entre elementos desconexos, que causam estranheza ao observador.
 





A estatueta religiosa se encontra em um lugar descentralizado, atrapalhando a visão de quem assiste à televisão. O observador percebe uma desconexão entre os objetos, sendo a estatueta um objeto de reprentação e imaculado, em uma sala de estar bastante comum e cotidiana. Quebra-se a expectativa de uma sala comum.






As funções de cada cômodo são bem definidas na sociedade. Uma vez que se coloca um elemento que cumpre a função de dormir em um ambiente de convívio social, cria-se um contraste.


 Nessa cozinha, tem-se uma bancada alta, com banquetas. Uma dessas banquetas foi substituída pela poltrona Egg. O contraste se dá pelas funções distintas de cada assento. A banqueta alta cumpre a função de ocupar menos espaço e aproximar o usuário da bancada que pode ser utilizada em pé. Já a Egg é uma poltrona de descanso, baixa, que não se adapta ao local.




A árvore no meio na cozinha não se encaixa. Aqui é gerado um incômodo no observador, que possui a idéia de que um espaço deve ser interno ou externo, e uma vez que um ícone da área externa (árvore) se encontra no espaço interno de uma cozinha, cria-se uma confusão.


 Em uma passagem, colocou-se uma catraca de metrô. Esse é um objeto utilizado geralmente em grandes prédios, públicos, e com grande movimentação. O local em que se encontra é de pouca passagem e não é necessário um controle de quem passa.


Ao colocar uma bacia sanitária em uma cozinha, muita discussão pode ser gerada. O sanitário costuma ser um local privado, escondido, que não é compartilhado, e que precisa ser higienizado com frequência. A cozinha precisa ser limpa, arejada, ampla e bem localizada na casa para que seja de fácil acesso, além de ser um local de convívio, conversa, em que se compartilha momentos com outras pessoas.

Referencial:  Sistemas e teorias em psicologia, H. MARX, Melvin ,  A. HILIX, William. Editora Cultrix