Suelen Scorsi e Emanuelle Dias
Resumo:
Uma discussão sobre o que é estranho ao olhar, o que nos
chama a atenção e qual o motivo. Buscar entender qual sensação é causada por
determinados signos e símbolos.
Palavras-chave: estranheza, contraste, gestalt
Introdução:
A escolha de diferentes cores e elementos podem alterar completamente
o conceito do ambiente. Pode ser um detalhe, uma forma, uma cor, um objeto...
estes detalhes se comunicam de alguma forma com o entorno, e surgem diferentes
tipos de sensações e de ambientes.
Referencial teórico - conceitual:
O movimento da Gestalt nos trás vários conceitos, que diz
respeito à forma como o ser humano organiza e estrutura os diferentes elementos
com que se depara. A partir desses estudos, podemos dizer o que nos salta aos
olhos em relação à paisagem, e explicar o por quê.
Materiais e métodos:
Abaixo estão algumas intervenções em um projeto de loja
Melissa, realizada pela aluna Emanuelle Dias, e alguns ambientes projetados
pela aluna Suelen Scorsi. Com os conhecimentos da gestalt, pode-se analisar
quais elementos são destacáveis e qual a relação desses elementos com o
observador, qual sensação provoca e o porquê.
Discussão e análise dos resultados:
Uma forma quadrada pode dar um certo peso para o lugar,
assim como um elemento com muitas informações como o painel da vitrine pode
trazer um peso visual. Quando retirado, causa um alívio, como podemos observar
na última imagem.
O ambiente quando
mais escuro remete até mesmo a uma loja masculina, fugindo completamente da
verdadeira proposta do projeto (loja feminina para público jovem).
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Os ambientes planejados pela aluna Suelen Scorsi, mostram o
contraste entre elementos desconexos, que causam estranheza ao observador.
A estatueta religiosa se encontra em um lugar
descentralizado, atrapalhando a visão de quem assiste à televisão. O
observador percebe uma desconexão entre os objetos, sendo a estatueta um objeto
de reprentação e imaculado, em uma sala de estar bastante comum e cotidiana.
Quebra-se a expectativa de uma sala comum.
As funções de cada cômodo são bem definidas na sociedade.
Uma vez que se coloca um elemento que cumpre a função de dormir em um ambiente
de convívio social, cria-se um contraste.
A árvore no meio na cozinha não se encaixa. Aqui é gerado um
incômodo no observador, que possui a idéia de que um espaço deve ser interno ou
externo, e uma vez que um ícone da área externa (árvore) se encontra no espaço
interno de uma cozinha, cria-se uma confusão.
Em uma passagem, colocou-se uma catraca de metrô. Esse é um objeto utilizado geralmente em grandes prédios, públicos, e com grande movimentação. O local em que se encontra é de pouca passagem e não é necessário um controle de quem passa.
Ao colocar uma bacia sanitária em uma cozinha, muita
discussão pode ser gerada. O sanitário costuma ser um local privado, escondido,
que não é compartilhado, e que precisa ser higienizado com frequência. A
cozinha precisa ser limpa, arejada, ampla e bem localizada na casa para que
seja de fácil acesso, além de ser um local de convívio, conversa, em que se
compartilha momentos com outras pessoas.
Referencial:
Sistemas e teorias em psicologia, H. MARX, Melvin , A. HILIX, William. Editora Cultrix