quarta-feira, 17 de abril de 2013

CONSTRUTIVISMO E SUA INFLUÊNCIA NOS TRABALHOS DE LINA BO BARDI E KARIM RASCHID.



EMANUELLE DIAS
GABRIELA VEIGA GREGOL
MICHELLE MARCONDES PONTES




Resumo
Análise dos trabalhos de designers contemporâneos influenciados pela corrente Construtivista e pelos pensadores e artistas Malevich e Tatlin.

Palavras-chave: Construtivismo russo; Malevich;Tatlin.


Introdução



Kazimir Maliévitch nasceu perto de Kiev, na Ucrânia. Seus pais, Seweryn e Ludwika Malewicz, erampoloneses étnicos e ele foi batizado na Igreja Católica Romana. Após estudar cinco anos na Escola de Agricultura, aprende por si mesmo a pintar as paisagens e os camponeses que o rodeiam. Em Konotop dedica-se exclusivamente a pintar e produzir a sua primeira obra. Em meados dos anos 1890 consegue ser admitido na Academia de Kiev. Em 1904, após a morte de seu pai, Maliévitch mudou-se para Moscovo, onde estudou na Escola de Pintura, Escultura e Arquitectura de1904 a 1910 e no estúdio de Fedor Rerberg, em Moscovo (1904-1910). Foi um período de muitas descobertas para o jovem artista.
Em 1911, participou na segunda exposição do grupo vanguardista Soyuz Molodyozhi("União da Juventude"), em São Petersburgo, juntamente com Vladimir Tatlin. Em 1912, o grupo realizou a sua terceira exposição, que incluiu obras de Aleksandra EksterTatline outros. No mesmo ano, participou da exposição colectiva Rabo do burro, em Moscovo. Ao lado de Kandinsky e Mondrian, Maliévitch é um dos inventores e teóricos da arte não figurativa. Como fundador do Suprematismo, levou o abstracionismo geométrico à sua forma mais simples, sendo o primeiro artista a usar elementos geométricos abstratos.



          Quadrado negro sobre fundo branco (1915), óleo sobre tela.



   Suprematismo (1915)


Quadrado negro sobre fundo branco, pintado entre 1913 e 1915, constituiu uma ruptura radical com a arte existente na época. É composto por dois quadrados, um dentro do outro, com os lados paralelos aos da tela. A obra foi apresentada pela primeira vez na exposição 0,10 em Petrogrado, com 38 outras obras supremasitas, marcando o lançamento do manifesto e o início do movimento. É por sua concepção da relação entre arte pura e arte aplicada que Maliévitch entra em conflito com os construtivistas. Com a Revolução de 1917, Malevich trabalha como professor e pesquisador. Sua primeira exposição individual foi inaugurada em 1919, em Moscovo. De 1919 à 1922, o artista viveu e trabalhou em Vitebsk, como professor. Fundou o grupo UNOVIS (afirmadores da nova arte) constituído por alguns dos seus alunos. Nessa época escreveu a maior parte dos seus textos filosóficos e teóricos. A partir de 1923, o artista viveu em Petrogrado, continuando a ensinar. Por volta de 1925, começa a construir osarchitectons, composições suprematistas espaciais. Em 1927, Malevich expôs suas obras pela primeira vez em Berlim e retornou à arte figurativa. Deixou na Alemanha, 70 quadros e um manuscrito "O suprematismo ou o mundo sem objeto", publicado pela Bauhaus.
Durante a guerra, cerca de quinze dos seus quadros desapareceram e jamais foram reencontrados. Uma parte deles está atualmente no Stedelijk Museum deAmsterdam e outra, no MoMA de Nova York.
Em 1929, foi acusado pelo governo soviético de "subjectivismo" e nos anos que se seguiram foi continuamente atacado pela imprensa. Perdeu suas funções oficiais e chegou a ser preso e torturado. Morreu abandonado e na pobreza, em São Petersburgo, em 1935. Apesar de ter recebido funerais oficiais, a condenação de sua obra e do suprematismo foi seguida de um esquecimento de décadas. O reconhecimento do artista só ocorreu a partir dos anos 1970. Desde então, numerosas retrospectivas pelo mundo consagraram Kasimir Malevitch com um mestre da arte abstrata.


Vladimir Evgrafovič Tatlin, (Kharkovgreg.  28 de dezembrojul. 16 de dezembro de 1885 - Moscou,31 de maio de 1953) foi um pintorescultor earquiteto ucraniano. Foi o primeiro teórico doconstrutivismo e grande incentivador do movimento. Com o triunfo da Revolução Soviética (1917), Tatlin teve a oportunidade de traduzir suas idéias no célebre projeto do Monumento à Terceira Internacional. Pode-se dizer que praticamente todos os projetos arquitetônicos da época ambicionavam mais do que a tecnologia daquele tempo - sobretudo em um país pobre como a Rússia de então - poderia ser capaz de propiciar. O exemplo mais conhecido desde tipo de problema é justamente o Monumento à Terceira Internacional, cuja maquete Tatlin apresentou em Moscou, no ano de 1920: uma grande espiral de aço circunda umapirâmide, um cone e um cilindro de cristal, rotativos e concebidos para alojar escritórios e salões. O monumento é considerado o ponto alto de todo o trabalho artístico de Tatlin, que passou a trabalhar como cenógrafo em 1933) e, a despeito da posterior proibição da arte de vanguarda, foi um dos poucos criadores experimentais a não abandonar aUnião Soviética, vivendo em Moscou até morrer, aos 71 anos.




Materiais e Métodos
Vladimir Tatlin
Meio: pinturas
 The Fishmonger - Vladimir Tatlin, 1911
Tinta PVA sobre tela, 99 x 77 cm.

   ModelVladimir Tatlin, 1913, óleo sobre tela.

Meio: desenhos
O Monumento a Terceira Internacional era um grande edifício monumental, mas nunca foiconstruída. Foi planejado para ser erguido em Petrogrado (atual São Petersburgo), após a Revolução Bolchevique de 1917, como sede e monumento do Comintern (Terceira Internacional).

Kazimir Maliévitch (Malevich)
Meio: pinturas
   Suprematismo (1915)

       Quadrado negro sobre fundo branco (1915), óleo sobre tela.


                                  Kazimir Maliévitch, Girls in the field (Meninas no Campo), 1928.

Discussão e análise

Analisando as obras de Lina Bo Bardi com sua peculiaridade pela exibição da função, onde o material é usado em sua plena forma, sem acabamentos, suas amarrações são bem definidas e não escondidas como na maioria dos trabalhos de outros designers, podemos ver uma tendência dos trabalhos de Tatlin, onde prevalece à funcionalidade sem ter apelo apenas pela estética, há uma racionalidade de projeto. Tudo é pensado, definido. Há um propósito. De certa forma também podemos pensar que esta funcionalidade tem uma intenção estética, apesar de muitos serem contra essa afirmação. Se há uma intenção em mostrar junções, por exemplo, além da funcionalidade, há uma questão estética, pois essa decisão pode mudar a “cara” do projeto todo. Não há apenas função. A forma sempre segue a função. Estes conceitos sempre estarão juntos em qualquer tipo de projeto.

Por outro lado, analisemos as obras de Karim Raschid. Estas sim são consideradas apelações extremamente estéticas, lembrando bem o figurativo das obras de Malevich. Karim utiliza diversos materiais os quais não são implícitos em seus projetos, sendo que muitas das vezes o observador se pergunta: “Mas de que é feito este objeto?” ou então “Mas, o que é este objeto?” “Pra que ele serve?” Sem conhecimento técnico, estas perguntas muitas vezes ficam sem respostas, pois suas obras são elevadas ao status de obra de arte, às vezes são criadas para mera contemplação, não sendo levada em conta a funcionalidade. Mas se a função for de contemplação, aí sim, temos função e estética em um objeto. Mas este debate é puramente subjetivo, não sendo o alvo em questão. As formas diferenciadas e futurísticas dos projetos de Karim reforçam ainda mais o conceito de apelo estético citado anteriormente.

                                         Estação de Metrô Naples Universita, Naples, Itália, 2011

                                                          Teatro Oficina – São Paulo



Referências Bibliográficas


Conceitos da arte moderna: com 123 ilustrações/ [edição de] Nikos Strangos; tradução, Álvaro Cabral; revisão técnica, Reinaldo Roels. - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000.


Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Tatlin. Acesso em abr. 2013.


Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Kazimir_Malevich. Acesso em abr. 2013.











































segunda-feira, 15 de abril de 2013

Análise da obra - "No meio do caminho"


No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra

Carlos Drummond de Andrade





Tema: Analisando a poesia “No meio do caminho - Carlos Drummond de Andrade”

Autores: Emanuelle D. Gonçalves Dias e Suelen Scorsi (manu_dias753@hotmail.com/ suelen_scorsi@hotmail.com)

Resumo: Análise pessoal da poesia de Carlos Drummond de Andrade (no meio do caminho) e interpretação do problema de diferentes pontos de vista

Palavras-chave: Pedra, meio do caminho, Carlos Drummond de Andrade, caminho
Introdução:

Introdução
Este poema bastante conhecido de Carlos Drummond de Andrade causou muita polêmica. Mas, afinal, o que seria essa tal pedra? Por que Drummond a enfatiza tanto? A seguir analisaremos algumas hipóteses deste problema.

Materiais e métodos (metodologia)
Será analisada a obra de Carlos Drummond de Andrade (No meio de caminho) e levantada hipóteses dos diferentes significados que o autor pode ter empregado quando utilizado o termo “pedra”.


O poema “No meio do caminho” de Carlos Drummond de Andrade rendeu um livro, onde o próprio autor recortou e guardou cada crítica, charge e comentário feito seu poema. Os modernistas não aceitaram o uso do termo “tinha” empregado no lugar de “havia”, entre tantas outras críticas.

No meio do caminho tinha uma pedra 
tinha uma pedra no meio do caminho
 
tinha uma pedra
 
no meio do caminho tinha uma pedra.
 

Mas afinal, o que seria essa tal pedra que o autor tanto enfatiza? É certo que ela tem algum significado e provavelmente foi algum fato marcante na vida do autor, como se pode observar no seguinte trecho: “Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas.” Essa pedra pode ser uma dificuldade muito grande que ele tenha passado, algum problema, ou algum imprevisto que quando ele menos imaginava, apareceu e que, provavelmente ele tenha enfrentado, ou contornado a situação. Mas, olhando em uma outra perspectiva, pode ter sido também algum fato importante e feliz, quem sabe essa pedra não pudesse ser um diamante?!



Referencial: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-biografia-da-pedra-no-meio-do-caminho,644329,0.htm